Como funciona a reciclagem de resíduos sólidos da construção civil?
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Se pequenas obras geram certa quantidade de entulho, imagine grandes construções. É por isso que a reciclagem de resíduos sólidos da Construção Civil é tão importante.
Além do descarte no local correto e assim a preservação da natureza, há também a oportunidade de transformar os resíduos sólidos em novos elementos para a construção.
Essa ação também reduz os excessos sobre os recursos naturais.
O uso de tecnologias permite que o entulho ganhe um novo valor e seja então reaproveitado.
É claro que o tipo de resíduo irá determinar a tecnologia ideal para o seu processamento e ou reciclagem.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA é o responsável pela classificação dos resíduos sólidos no Brasil. O órgão estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a reciclagem.
De acordo com a Resolução CONAMA 307 art. 3º, os resíduos da construção civil são classificados da seguinte forma:
Classe A: resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
- a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
- b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
- c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
Classe B: resíduos recicláveis para outras destinações, como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;
Classe C: resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação;
Classe D: resíduos perigosos oriundos do processo de construção, como tintas, solventes ou aqueles prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
De acordo com a classificação, é feita então a reciclagem em uma usina ou no próprio lugar em que o produto é desenvolvido.
A geração de resíduos na obra: entulho e efluentes devem ter destinação adequada
Basicamente, a reciclagem do entulho acontece a partir de uma seleção dos materiais.
Os materiais vão então para a trituração e depois passam pela granulagem, que pode gerar resíduos classificados como areia, brita, pedrisco, bica corrida e outros.
Já os efluentes são outros resíduos líquidos gerados nas obras, como a água dos esgotos domésticos. É necessário tratamento para que não aconteça contaminação do solo. As normas são estabelecidas pela NBR 7229 da ABNT.
Reciclagem de resíduos é alternativa sustentável para destinação de entulhos
Embora não seja ainda um hábito empregado amplamente, a reciclagem de resíduos é uma alternativa sustentável que reduz os impactos ao meio ambiente.
Entre os benefícios:
- Reduz ou evita descarte em locais inapropriado e consequentemente, contaminação do solo.
- Cada resíduo sólido da construção civil, independente de sua classificação, é enviado para o local correto e reciclado de maneira a não causar problemas ou a ser reutilizado.
- Alivia o descarte descontrolado nos aterros sanitários;
- Alivia os excessos sobre os recursos naturais.
- Reutilização de materiais em vez de investir em novos e consequentemente, economia nos custos.
- A própria obra passa a gerar materiais e torna-se fonte secundária.