O mercado internacional do aço produzido no Brasil
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O mercado internacional do aço
O governo dos Estados Unidos suspendeu a cobrança de taxa sobre o aço brasileiro no final de março de 2018. Argentina, Austrália, Coreia do Sul, União Europeia, Canadá e México também foram beneficiados.
A decisão foi anunciada por Robert Lighthizer, representante comercial dos Estados durante audiência no congresso.
O governo brasileiro recebeu comunicado de abertura para negociações da Casa Branca, lido pelo presidente Temer na Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social em 21 de março.
De acordo com a decisão anunciada por Lighthizer, as tarifas serão suspensas enquanto os países conversam individualmente.
Essa conversa é essencial para o Brasil, portanto se trata de uma negociação para obter exceção quanto à cobrança de tarifas sobre o aço.
Embora o governo norte-americano considere duas opções – redução ou uma possível isenção de taxa – é mais interessante para o Brasil conseguir somente o fim da cobrança.
Tarifas sobre aço
Inicialmente, as taxas instituídas pelos Estados Unidos eram de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio. Além disso, o objetivo dessa sobretaxa, segundo o presidente Donald Trump, é proteger a indústria siderúrgica do país.
Essa notícia anunciada no começo de março, preocupou a indústria brasileira de ter o seu comércio exterior prejudicado. Isso porque o governo norte-americano é o principal exportador do aço do Brasil.
Um terço do aço brasileiro é exportado pelos Estados Unidos. Além disso, o Brasil ficou apenas atrás do Canadá nas exportações do produto para o país, em 2017.
Se as medidas caírem sobre o aço produzido no Brasil, os prejuízos serão bilionários.
Países que ficarem de fora da isenção definitiva, podem ter as taxas elevadas. Essa foi a afirmação de Wilbur Ross, secretário do comércio dos Estados Unidos em audiência na Câmara no dia 22 de março.
Países já anunciados sem possibilidade de isenção
Enquanto o Brasil pode conversar com os Estados Unidos sobre a isenção de tarifas sobre o aço, outros países ficaram de fora dessa negociação.
Japão, Rússia, Taiwan, Turquia, China e Índia, que figuram entre os 10 maiores exportadores.
As taxas passaram a valer para esses países a partir de 23 de março de 2018.
A China, dentre as nações citadas, tem a maior participação na produção mundial de aço bruto. Porque de certa forma, se torna uma ameaça para os preços e consequentemente, competitividade dos demais países.
Os Estados Unidos espera conseguir colaboração dos países durante as negociações para lutar contra o excesso de capacidade produtiva chinesa. Esse é um dos objetivos das conversas individuais apontados pelo secretário do comércio.